Não é o mais brilhante, mas é o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos.
Não importa o tempo, a ausência, os adiantamentos, à distância, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto onde foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediante a vida.
É a vitória do adivinhado sobre o real, do subjetivo sobre o objetivo, do permanente sobre o passageiro, do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro, mas quando ela existe, não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Ela existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixam de estar juntas.
Afinidade é ficar longe, pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem, sensibilizam.
Afinidade é receber o que vem de dentro com uma aceitação anterior ao entendimento. Afinidade é sentir com...
Artur da Távola
terça-feira, 25 de setembro de 2007
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