Antes de amar-te...
Pablo Neruda
Antes de armá-la–te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas
Nada contava nem tinha nome
Mundo era do ar que esperava
E conheci salões cinzentos
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam
Perguntas que insistiam
Na areiaTudo estava vazio, morto mudo
Caído abandonado e decaído
Tudo era inalienavelmente alheio
Tudo era dos outros e de ninguém
Ate que tua beleza e tua pobreza
De dávidas encherão outono
Para nao dizer ao contrario eu te amo..
terça-feira, 25 de setembro de 2007
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