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Ola a tds, chamo-me joana sou brasileira, pernambucana/recifense...
Moro na Inglaterra, em londres ja a quase dois anos, estudo ingles e trabalho bastante....
Ja conheci um pouco da europa mais ainda tenho alguns interesses maiores.... tds deveriam ter... a Europa e linda e congelante durante o inverno! lol ...
Resolvi criar este espaco p espor meus pensamentos, coisas q escrevi durante este tempo aqui.... depois descobri q ja tinha um blog em meu nome e resolvi usa-lo com esta finalidade visto q ja estava iniciado um trabalho....Eu apenas nao lembrava!
....

bem, espero q gostem e comente a respeito...
logo escreverei algo em ingles p tds terem acesso aos meus textos....

fiquem bem e como diz um querido amigo....SO ALEGRIA!


quarta-feira, 26 de setembro de 2007

se se morre de amo?

Se se morre de amor
de Gonçalves Dias

Se se morre de amor! - Não, não se morre,
Quando é fascinação que nos surpreende
De ruidoso sarau entre os festejos;
Quando luzes, calor, orquestra e flores
Assomos de prazer nos raiam n'alma,
Que embelezada e solta em tal ambiente
No que ouve e no que vê prazer alcança!
Simpáticas feições, cintura breve,
Graciosa postura, porte airoso,
Uma fita, uma flor entre os cabelos,
Um quê mal definido, acaso podem
Num engano d'amor arrebentar-nos.
Mas isso amor não é; isso é delírio
Devaneio, ilusão, que se esvaece
Ao som final da orquestra, ao derradeiro

Clarão, que as luzes ao morrer despedem:
Se outro nome lhe dão, se amor o chamam,
D'amor igual ninguém sucumbe à perda.
Amor é vida; é ter constantemente
Alma, sentidos, coração - abertos
Ao grande, ao belo, é ser capaz d'extremos,
D'altas virtudes, té capaz de crimes!
Compreender o infinito, a imensidade
E a natureza e Deus; gostar dos campos,
D'aves, flores,murmúrios solitários;
Buscar tristeza, a soledade, o ermo,
E ter o coração em riso e festa;
E à branda festa, ao riso da nossa almafontes de pranto intercalar sem custo;
Conhecer o prazer e a desventura
No mesmo tempo, e ser no mesmo ponto
O ditoso, o misérrimo dos entes;
Isso é amor, e desse amor se morre!

Amar, é não saber, não ter coragem
Pra dizer que o amor que em nós sentimos;
Temer qu'olhos profanos nos devassem
O templo onde a melhor porção da vida
Se concentra; onde avaros recatamos
Essa fonte de amor, esses tesouros
Inesgotáveis d'lusões floridas;
Sentir, sem que se veja, a quem se adora,
Compreender, sem lhe ouvir, seus pensamentos,
Segui-la, sem poder fitar seus olhos,
Amá-la, sem ousar dizer que amamos,
E, temendo roçar os seus vestidos,
Arder por afogá-la em mil abraços:
Isso é amor, e desse amor se morre!





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